Fiquei amigo do Sylvinho, e cliente de seu bar. Conversamos muito, praticamente me contou sua vida. O bar não é sua fonte de renda, é o seu lazer junto a seus amigos. É uma espécie de sala de visitas. No sistema de som, com seu microfone, ele brinca com o pessoal que cruza. Muito espirituoso, ele cativa a todos, inclusive a mim. Na minha chegada não foi diferente, recebi as boas vindas no seu estilo brincalhão. Entre uma cerveja e outra, rolava porções de camarões, feitos com muito prazer. Então recomendo este bar, mas falem com o Sylvinho de St. Lourrant, falem muito. O cara de quase 60 anos tem muita coisa legal para falar, em sua vasta bagagem de vida bem vivida.

Andando pela serra não sinto o mesmo glamour da alta temporada. Logo começo a descer, agora querendo fazer um pitsop na Tenda do Umbú, reduto de motociclista nos finais de semana. Como é dia útil, não encontro ninguém, na breve parada para um café expresso. Sinto que logo vou ter a companhia da chuva. Nuvens muito pesadas na direção de POA. Na verdade não gostaria dela, pois agora quero fazer a Costa Doce, e até lá tenho muitos kms a fazer. Ela chega de forma torrencial, me obrigando a fazer várias paradas por questões de segurança. To convicto que o dia vai ser pesado, mas vamos lá com toda concentração ganhando estrada. Chego a São Lourenço na tardinha. O por do sol na lagoa me dá as boas vindas. Faço a opção de parar no Bar do Sylvinho. Achei simpático o butiquim, típico de praia. Acerto em cheio. Sylvinho, o propietário, me recebe com a maior cortesia, me deixando muito a vontade, inclusive solicitando reserva em uma pousada de um amigo. Senti que "St. Lourrant" vai bombar, a recepção foi Dez.

O mar já foi feito, agora chegou a hora de começar a subir a montanha. Saio em direção norte, buscando a Rota do Sol. Estrada que ainda não conheço, mas sei que é belíssima, ligando o litoral a serra gaúcha. já nos primeiros kms já começa o aclive e as curvas. A moto começa o seu ballet, inclinando-se muito para ambos os lados. Muito verde e bela paisagem, e eu ainda indefinido onde ficar na noite, visto que, peguei a estrada não ligando muito para o horário. Acabo optando por Canela, achei com mais vida. Bares de calçada com um bom movimento, e praticamente a população local. Poucos turístas nesta época do ano. Definido o local, é hora de relaxar, tomando uma Stella Artois ao som de um violão maneiro.

No período de praia fico na compahia do Théo e do Arthur, senti que serão os meus parceiros do futuro. No mar deu pra sentir que o Arthur não curte muito, prefere ficar na areia. Para o Théo, tudo era estranho e novo. Afinal era seu primeiro contacto com o mar. Mas tudo mudou rapidamente, e para pior. Uma viróse nocauteia Théo, fazendo com que corressemos para o atendimento de emergência do hospital local, transformando sua estada na praia imagino eu que traumatizante. Coitadinho, ficou super debilitado. No retorno a Bento, ainda cai em uma internação por solicitação de sua pediátra.

E finalmente chegou a hora de pegar a estrada, agora para gozar as férias pilotando uma moto. Roteiro não muito definido, qualquer mudança seria aceita com a maior naturalidade. Peguei a estrada rumo ao litoral gaúcho para uma breve estada, a convite da Lindosa ( Carla ), seguiam comigo, ela e Raquel com o objetivo de chegar a zona sul de POA. Na ponte do Guaíba nos separamos amigavelmente, agora eu entrando na Free-Way para acelerar mais forte. Na frente sentia que a chuva me esperava. Não deu outra. Na região de Glorinha um temporal me dá as boas vindas, obrigando fazer várias paradas por questões de segurança na pista. Tudo certo, não tenho pressa nunhuma de chegar, quero curtir tudo que a estrada possa me oferecer. Literalmente chego com a alma lavada Capão. Fico alguns dias por alí para pegar a sintonia com o mar, querendo mais estradas como Florípa e Serra do Rio do Rastro.

Antes do período de minhas férias, na qual não levei o laptop para me desligar totalmente, e já peço desculpas por não postar, comemoramos o primeiro aninho do meu netinho Théo. Festinha tipicamente infantil, onde ele recebeu seus convidados no Clube do Comércio. Fim de tarde quente, neste verão tórrido aqui na pacata São Sepé, ficamos por alí, acompanhando e participando da felicidade do garotinho. No dia seguinte, em definitivo, pegava a estrada de moto, para fazer um roteito complexo. Unindo o mar, a serra, a costa doce, e o Uruguay.

Tem coisas interessantes que ocorrem comigo, tava lembrando agora... Toda vez que vou a Rivera, aqui bem próximo, onde nos abastecemos de aromas, de eletrônicos, ou de materias para as adégas, sempre cito o nome de duas pessoas. Até cheguei a comentar com Cláudia, com a Dodô ( Kakaya, acho que ficou legal assim ), mas me pareceu que não gostaram muito. Com o perdão, não abro mão disso. Continuarei citando, toda vez que for por lá, acho que me faz bem, pois aprendi e adotei a mesma cultura de ir para lá. E como eles curtiam aquilo lá.... Falo do LF, talvéz assim muitos não identificarão, mas são dua letras fortes, e vai de Pai para Filho. Igual a mídia que rodava na Guaíba, acho que nos anos 70. Pois no último dia deste farreado 2009, apareci na base dos LFs, agora com o meu bom amigo Pongo, junto a suas irmãs e a sua Mãe Lígia. Precisava ir lá para dar o meu beijo em todos, pois situações assim espontâneas são as mais verdadeiras, e quero todos eles sempre ao meu lado. Meus querídos da "Chiquití ", me perdoem, mas toda vez que pedir lá na "City", ou no Uruguay Brasil, no passeio público, aquela tradicional de litro não muito gelada, sempre irei citar LF. E digo mais. Caíra um gole simbólico pelo chão, em um ritual bem natural para Ele. Pongo, continue voando alto. Atravesse 'N" vezes este Atlântico, afinal é uma coisa que te dá muito prazer. Bj Grande meu Bom Amigo.

Muito envolvido com as festas de final de ano, não sobrou tempo para as postagens, e olha que as vezes sou cobrado disso. E agora, que tudo isso passou, as coisas começam a andar melhor. Logo estarei entrando de férias ( merecidas ), e em algum lugar meio paradisíaco que encontrarei por aí, tentarei mandar as bobagens do cotidiano. Ah, vou prucurar ser meio exigênte com este lugar, pois preciso que me bata a inspiração para escrever, e ao mesmo tempo, buscar energias e carregar as baterias para este 2010 que temos pela frente.