Muito tempo sem postar, eu sei. Vou argumentar que é falta de tempo, é o que mais escuto das pessoas, principalmente nesta reta final de ano. Mas agora, pós banho, abrindo uma latinha de Polar, e com uma vista restrita a um terraço, onde reside o gato Juan Péron, e um cachorrinho que até hoje não sei o nome, e que não ficamos amigos, me veio o 03 de de dezembro. Neste horário era para eu estar alí, no local do gato, e do cachorro, preparando o fogo, brincando com a Marcela na rede, e esperando o meu Pai, que aparecia sempre trajado com uma bermuda surrada, e uma camisa aberta. Na mão direita um copo modesto de algum destilado de Rivera. Logo aparecia o neto mais velho, que não era do filho mais velho que também chegava, e assim o pessoal ia se chegando. Data tradicional em nosso calendário doméstico. Era dada a largada oficial aos festejos de natal e ano novo, e para o período de férias.... Três de dezembro não existe mais no calendário, e levou junto de arrastão o dia 04. Não tem mais volta. E aqui nesta onda tecnológica, não ficou nada “digitalizado”, com tantos “megapixels” de última geração com lentes “ Zeiss”, comprado com cartões de crédito das noites do 03 de dezembro.